casa l09
guimarães, portugal, residencial
A casa L09 foi construída num lote de 1200m2 com uma geometria irregular, pendente acentuada e orientado a Poente. É a Poente e à cota mais baixa, que se desenvolve o arruamento do loteamento e a entrada no lote.
Criam-se duas plataformas – uma, à cota da rua, limitada a Sul por um muro de suporte em betão, que nos conduz até à entrada. A outra, três metros acima, é definida pelo loteamento. Em termos volumétricos a construção, parece materializar-se apenas nesta segunda plataforma.
Desde esta plataforma mais alta, desenhada a partir dos muros de suporte implantados no sentido longitudinal do lote, a casa desenvolve-se para Nascente, soltando-se do terreno através de um volume suspenso. Este volume faz a ponte entre os dois principais núcleos da habitação: a Poente – os espaços de uso social; a Nascente – os espaços de uso privado.
Entre os dois desenha-se um pátio ajardinado, delimitado a Norte pelo volume suspenso, debaixo do qual o terreno é modelado, em pendente, até à cota da entrada (plataforma inferior do terreno).
A Nascente, onde a topografia é mais acidentada, o volume construído funde-se com o terreno, revelando-se apenas no alçado interior voltado para o pátio. Sobre a cobertura vegetal que acompanha o desenvolvimento natural do terreno, elementos pontuais, sob a forma de clarabóias, irrompem do terreno para captação de luz natural.
A Poente, a construção solta-se do terreno, prolongando o espaço interior para o pátio que envolve a piscina e se suspende sobre o jardim e a paisagem.
